Há alguns anos os arraiais da capoeira, na Bahia, foram palco de uma grande e apaixonante discussão. Acontece que mestre Bimba foi ao Rio de Janeiro mostrar aos cariocas da Lapa como é que se joga capoeira. É lá aprendeu golpes de catch-as-catch-can, de jiu-jitsu, de box. Misturou tudo isso à capoeira de Angola, aquela que nasceu de uma dança dos negros, e voltou à sua cidade falando numa nova capoeira, a capoeira regional. Dez capoeiristas dos mais cotados me afirmaram, num amplo e democrático debate que travamos sôbre a nova escola de mestre Bimba, que a “regional” não merece confiança e é uma deturpação da velha capoeira “angola”, a única verdadeira. Um deles me afirmou mesmo que não teme absolutamente um encontro com o mestre Bimba, apesar de sua fama. Não foi outra a opinião de Edmundo Joaquim, conhecido por Bugalho, mestre de berimbau nas orquestras de capoeira, nome respeitado em se tratando de coisas relacionadas com a “brincadeira”. O mesmo disseram Domingos e Rafael que mantêm na roça de Juliana uma escola de capoeira, das mais afamadas da cidade. Concorrente da que se encontra sob a competente direção de Vicente Pastinha, de quem todos afirmam ser o melhor e mais perfeito lutador de capoeira angola da Bahia (AMADO, 1971, p. 212).
Há alguns anos os arraiais da capoeira, na Bahia, foram palco de uma grande e apaixonante discussão. Acontece que mestre Bimba foi ao Rio de Janeiro mostrar aos cariocas da Lapa como é que se joga capoeira. É lá aprendeu golpes de catch-as-catch-can, de jiu-jitsu, de box. Misturou tudo isso à capoeira de Angola, aquela que nasceu de uma dança dos negros, e voltou à sua cidade falando numa nova capoeira, a capoeira regional. Dez capoeiristas dos mais cotados me afirmaram, num amplo e democrático debate que travamos sôbre a nova escola de mestre Bimba, que a “regional” não merece confiança e é uma deturpação da velha capoeira “angola”, a única verdadeira. Um deles me afirmou mesmo que não teme absolutamente um encontro com o mestre Bimba, apesar de sua fama. Não foi outra a opinião de Edmundo Joaquim, conhecido por Bugalho, mestre de berimbau nas orquestras de capoeira, nome respeitado em se tratando de coisas relacionadas com a “brincadeira”. O mesmo disseram Domingos e Rafael que mantêm na roça de Juliana uma escola de capoeira, das mais afamadas da cidade. Concorrente da que se encontra sob a competente direção de Vicente Pastinha, de quem todos afirmam ser o melhor e mais perfeito lutador de capoeira angola da Bahia (AMADO, 1971, p. 212).Bahia de todos os Santos”
Há alguns anos os arraiais da capoeira, na Bahia, foram palco de uma grande
ResponderEliminare apaixonante discussão. Acontece que mestre Bimba foi ao Rio de Janeiro
mostrar aos cariocas da Lapa como é que se joga capoeira. É lá aprendeu
golpes de catch-as-catch-can, de jiu-jitsu, de box. Misturou tudo isso à
capoeira de Angola, aquela que nasceu de uma dança dos negros, e voltou à
sua cidade falando numa nova capoeira, a capoeira regional. Dez
capoeiristas dos mais cotados me afirmaram, num amplo e democrático
debate que travamos sôbre a nova escola de mestre Bimba, que a “regional”
não merece confiança e é uma deturpação da velha capoeira “angola”, a
única verdadeira. Um deles me afirmou mesmo que não teme absolutamente
um encontro com o mestre Bimba, apesar de sua fama. Não foi outra a
opinião de Edmundo Joaquim, conhecido por Bugalho, mestre de berimbau
nas orquestras de capoeira, nome respeitado em se tratando de coisas
relacionadas com a “brincadeira”. O mesmo disseram Domingos e Rafael
que mantêm na roça de Juliana uma escola de capoeira, das mais afamadas
da cidade. Concorrente da que se encontra sob a competente direção de
Vicente Pastinha, de quem todos afirmam ser o melhor e mais perfeito
lutador de capoeira angola da Bahia (AMADO, 1971, p. 212).
Há alguns anos os arraiais da capoeira, na Bahia, foram palco de uma grande
ResponderEliminare apaixonante discussão. Acontece que mestre Bimba foi ao Rio de Janeiro
mostrar aos cariocas da Lapa como é que se joga capoeira. É lá aprendeu
golpes de catch-as-catch-can, de jiu-jitsu, de box. Misturou tudo isso à
capoeira de Angola, aquela que nasceu de uma dança dos negros, e voltou à
sua cidade falando numa nova capoeira, a capoeira regional. Dez
capoeiristas dos mais cotados me afirmaram, num amplo e democrático
debate que travamos sôbre a nova escola de mestre Bimba, que a “regional”
não merece confiança e é uma deturpação da velha capoeira “angola”, a
única verdadeira. Um deles me afirmou mesmo que não teme absolutamente
um encontro com o mestre Bimba, apesar de sua fama. Não foi outra a
opinião de Edmundo Joaquim, conhecido por Bugalho, mestre de berimbau
nas orquestras de capoeira, nome respeitado em se tratando de coisas
relacionadas com a “brincadeira”. O mesmo disseram Domingos e Rafael
que mantêm na roça de Juliana uma escola de capoeira, das mais afamadas
da cidade. Concorrente da que se encontra sob a competente direção de
Vicente Pastinha, de quem todos afirmam ser o melhor e mais perfeito
lutador de capoeira angola da Bahia (AMADO, 1971, p. 212).Bahia de todos os Santos”