lunes, 1 de febrero de 2010

Educaçao e autoritarismo no estado novo


1 comentario:

  1. A antropóloga, citada inúmeras vezes neste trabalho, Letícia Vidor de Sousa Reis
    (1997), faz uma interessante análise sobre isso. Sigamos suas palavras:
    ... se a intelectualidade branca de princípios do século XX tinha um projeto nacional para a capoeira, os mestres de capoeira baianos da década de 30 formularam um projeto regional e étnico. Os contornos de ambos os projetos ficam
    evidenciados quando se atenta para a própria designação que dão à capoeira-esporte. Enquanto os intelectuais da época falam na capoeira como ‘gymnastica nacional, para
    os mestres baianos mencionados, as duas modalidades esportivas chamam-se Capoeira Regional e Capoeira Angola. Para viabilizar seu projeto regional e étnico, os negros baianos lançaram mão de duas estratégias
    diferentes. Mestre Bimba (Manuel dos Reis Machado, 1899-1974), criador da Capoeira Regional Baiana, que não via nenhum inconveniente em mestiçar essa luta,
    incorporando à mesma movimentos de lutas ocidentais e orientais (...). Por outro lado, Pastinha (Vicente Ferreira Pastinha, 1889-1981) contemporâneo de Bimba e igualmente empenhado na legitimação dessa prática reagindo àquela mestiçagem da capoeira, afirmava a pureza africana da luta, difundindo o estilo da capoeira Angola e procurando distingui-lo da Regional.
    (Sousa Reis, 1997:98).

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