viernes, 27 de noviembre de 2009


“Mestre Bimba”, “Campeao da Capoeira ” desafia todos os luctadores bahianos - 16 mars 1936 / Journal A Tarde Bahia

A “capoeira”, esporte exótico, mas interessante, com seu nostálgico, mas sagaz e atilado, de golpes felinos, ultimamente está sendo praticada na Bahia com manifesto interesse geral.Até há pouco tempo não era tão cobiçado o curioso espectaculo. De certa época a esta parte, entretanto, a “capoeira” está sendo apreciada com enthusiasmo, fazendo parte, como números obrigados, de festivaes esportivos.Há dias, noticiando uma dessas exhibições, pedimos ao seu campeão, o mais conhecido delles, uma explicação ao publico, por isso que muita gente não entende patavina dos segredos dessa arte singular de ataque e defeza.Foi por isso que, attendendo ao nosso appel’o, Mestre Bimba (seu nome é Manoel dos Reis Machado) esteve hontem nesta redacção. Vinha dar-nos as explicações pedidas. E estas são, sem dúvida, muito interessantes. Disse-nos elle, pois: ­ Há dezoito annos que ensino capoeiragem. Adaptei vários golpes á chamada capoeira de Angola, praticada por meu mestre, o africano Bentinho. Os golpes do jogo de Angola são estes: meia lua de frente, meia lua de compasso (rabo de arraia), meia lua armada, aú pela direita e pela esquerda, cabeçada, chibata, rasteira, raspa, tesoura fechada, balão, leque, encruzilhada, calcanheira, encruzilhada e deslocamento. Destes golpes ­ proseguiu Mestre Bimba ­ retirei dois: encruzilhada e deslocamento. E accrescentei os seguintes: vingativa, banda traçada, balão em pé, balão arqueado, balão “colar” de força, cintura desprezada, cintura de rins, gravata cinturada, tesoura aberta, a benção, salta pescoço, sopapo, galopante, godeme, cotovello e dentinho.Para evitar enganos e más interpretações e no intuito de tornar os encontros de capoeiragem mais interessantes e mais violentos, todos os golpes e ???? de capoeiragem entrarão em jogo. Os adversários poderão se apresentar com os golpes que conhecerem. Fica assim lançado o desafio aos que praticam ou conhecem a capoeiragem, como também a qualquer outro luctador (jiu-jitsu etc.). O que quizerem. Eu os enfrentarei com minha capoeira! ­ E há golpes prohibidos na capoeira? ­ perguntamos-lhe. ­ Em verdade não deveria existir golpes prohibidos em capoeira, porque é uma lucta instinctiva. Mas como se trata de um assalto cortez, serão considerados golpes prohibidos: dedo nos olhos, pancada nos órgãos sexuaes, dentada e puxamento de cabellos. A capoeira Angola não é para ser praticada em ring, mas com pandeiro e berimbáo, porque todos os golpes obedecem, por dizel-o, aos sons desses instrumentos. Ainda no dia 18 houve, no Parque Odeon, a exhibição entre Bahia e Américo Sciencia, sem decisão. Por que: Simplesmente: capoeira Angola, com os golpes determinados ou regulados pelo berimbáo e pelo pandeiro. Mas a verdadeira capoeira é aquella com que a gente se defende e enfrenta o inimigo! Pois então, em qualquer logar, sou atacado e vou esperar pelo berimbáo para reagir? Nem berimbáo nem pandeiro! A coisa tem que virar mesmo... ­ E sua lucta, naquelle parque, com Zéy?­ Sahi vencedor por 15 pontos contra 2 e não como foi noticiado. Esses pontos são assim contados: cabeçada no aú (derrubada), 3; cabeçada no aú (attingida), 1; cabeçada derrubada, 2; cabeçada attingida, 1; meia lua e armada na face, 1; meia lua e armada attingida, 1; calcanheira, 1; tesoura derrubada, 2; tesoura attingida, 1; balão açoitado, 2; balão arqueado, 2; colar de força, ?; Fiz uma cabeçada no aú (atting.), uma cabeçada attingida, uma meia lua e armada na face, duas meia luas e armada attingida, duas tesouras attingidas, um balão açoitado e um colar de força. Zéy fez apenas uma meia lua e armada attingida e uma tesoura atingida.E mestre Bimba, acompanhado de seu manager, deixou a redacção. Teem os leitores, pois, uma preciosa explicação da capoeira e, ao mesmo tempo, fica lançado o desafio do campeão bahiano aos demais lutadores.
http://www.capoeira-infos.org/ressources/presse/mestre_bimba_campeo.html

miércoles, 25 de noviembre de 2009

1890-RIO-600 Capoeiras deportados a Fernando de Noronha



Afro-latinoamérica, 1800-2000‎ - Página 203George Reid Andrews - 2007 - 378 páginas
En Río de Janeiro, la policía arrestó a más de 600 capoeiristas sospechosos y los envió a la colonia penal de la lejana isla de Fernando de Noronha. ...
O "povo de cam" na capital do Brasil: a escravidão urbana no Rio de Janeiro
http://books.google.com/books?id=7dso1MkgTFsC&printsec=frontcover&hl=es&source=gbs_v2_summary_r&cad=0#v=onepage&q=&f=false

1912-CAMPINAS-Referencia a la Capoeira


?... meteu entre os dedos uma afiada navalha e gingando o corpo à moda capoeira, desafiou a todos que o cercavam a aproximarem-se dele?.
Comércio de Campinas, 23.04.1912, referindo-se à prisão de Benedito Amaral Gonçalves, um preto qualquer, numa rua qualquer, por um crime não identificado.

Epígrafe do trabalho

Discriminações raciais: negros em Campinas (1888-1926)

Dissertação de mestrado de Cleber da Silva Maciel, apresentado no Departamento de História do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, em 1985.

lunes, 23 de noviembre de 2009

Sicretismo religioso y social entre nacionaes Africanas


Da senzala à colônia‎ - Página 288Emília Viotti da Costa - 1997 - 570 páginas
No Rio, ficaram famosos os capoeiras. Formavam maltas que reuniam, às vezes, uma centena de homens. Quando um senhor vendia um escravo da cidade para a ..

domingo, 15 de noviembre de 2009



FOTO: Sordo,Mudo y Ciego

Em 1968 e 1960, foi organizado, no Rio de Janeiro, o I e o II Simpósio Nacional de Capoeira. O evento tinha como principal patrocinador o Ministério da Aeronáutica, através de sua comissão de “desportos”.
Rafael Flores Viana, conhecido nas rodas de capoeira como mestre Rafael, em palestra em Salvador, no teatro Gregório de Matos, enfatiza que, antigamente, não havia as federações de capoeira, até o governo militar entendê-la como um esporte e querer regulamentá-la como a arte marcial brasileira, esporte nacional. A primeira reação do mestre a essa empreitada do Governo, na época, dirige-se para uma expectativa positiva: “Caramba! Pra nós, jovens fascinados pela capoeira, querer ver a capoeira como a arte marcial brasileira regulamentada parecia ser uma coisa boa. Puxa, até que enfim vão reconhecer a capoeira!” [sic] (MESTRE RAFAEL, 2007).
Ele ainda ressalta que encontrou o Mestre Acordeon e convidou-o para participar das primeiras reuniões do grupo responsável para organizar a capoeira sobre essa
matriz:
“Rapaz, o governo federal tá querendo regulamentar a capoeira como esporte nacional. Olha aqui, fazer estatutos, regulamentos, competições, uniformes, uniformizar a capoeira. Estão querendo vestir a capoeira. Eu falei assim: Vamos lá, Acordeom” [sic] (MESTRE RAFAEL,2007).
A idéia de reunir capoeiras em um simpósio foi deste último. Mestre Acordeom acreditava que, antes de regulamentar a capoeira, seria necessário ouvir os sujeitos envolvidos com ela. Ele falou:
É fazer um simpósio, chamar os mestres pra conversar, discutir a capoeira que o espírito dela vai aparecer [...] A aeronáutica deu os alojamentos, deu o avião, comida e mestres de outros lugares apareceram de São Paulo, do Rio de Janeiro pra saber o tamanho da coisa, pra ver se o espírito da capoeira aparecia (MESTRE RAFAEL, 2007).
O encontro tinha um objetivo claro, que era estruturar a capoeira nos moldes esportivos, padronizando o capoeira e seus movimentos, a fim de enquadrá-la no novo paradigma societal.
O simpósio começou. Vamos catalogar todos os golpes da capoeira pra que o nome de um movimento seja conhecido na Bahia, no Sul, no Norte por um nome só. E começou, foi feito um questionário antes, mandado para todos os mestres, o nome dos golpes que eles conheciam e o simpósio começou com a apresentação dos golpes. Martelo! Chamava uma pessoa, apresentava o martelo. Alguém conhece?! O martelo é um movimento que o capoeira se imposta de forma lateral, curva a perna e lança. E alguém apresentou o martelo, assim na altura da cintura. Alguém conhece isso aqui com outro nome? Daí mestre Canjiquinha levantou e falou assim: Peraí, isso aqui também é martelo. Ai deu um martelo abaixo da linha do joelho, na canela do camarada. “Isso aqui também é martelo”, disse Canjiquinha.. Aí o mestre Bimba falou assim: isso não é martelo, isso é pontapé de ignorância.Ai foi aquela risada, aquela discussão. Mestre Caiçara puxou o apito e disse:
Almoço! A parte da manhã está encerrada [sic] (MESTRE RAFAEL, 2007).
........................................... a capoeira, através de uma dialeticidade, vai constituir, com o binômio Educação Física-Esporte, muito além de um modelo, de uma modalidade esportiva, mas toda uma reorganização de sua práxis, o que a ressignificará.
A formatação da capoeira nessa lógica suscitará reprovações, até mesmo de ícones que, em tempos passados, também a ressignificaram. Mestre Rafael confirma isso com o posicionamento final de Mestre Bimba no I Simpósio Nacional de Capoeira, a partir de sua experiência no referido encontro. Vamos pra parte da tarde.
Ai o cara leu, catalogou, leu de novo, catalogou todos os golpes. “Alguém tem aqui algum golpe que não está nessa relação?” Disse o camarada. Apareceu, levantou um mestre do Rio de Janeiro [...] Não tinha tradição, acho que ele queria aparecer.
Então por favor, mostre aqui, disse o camarada. Ai ele levantou e fez assim (nesse momento o mestre Rafael, demonstrando o golpe realizado, levanta e gira o corpo dando uma volta completa). O nome desse golpe é “eu ia”. O mestre Bimba levantou e falou: - Ocê ia, agora quem vai sou eu! Levantou, pegou o ônibus e foi pra Bahia. Acabou o simpósio! (MESTRE RAFAEL, 2007).

Esse acontecimento também é confirmado por outro capoeira, que também é pesquisador e foi aluno do mestre Bimba:
Quando viu os rumos que tomavam o II Simpósio de Capoeira, resolveu partir de volta para a Bahia. Velha figura baiana, verdadeiro ídolo de seus discípulos, personagem freqüente dos livros de Jorge Amado, Bimba, com quase cem anos de idade e uma tradição enorme que ele mesmo criou, sentiu-se magoado quando a maioria dos presentes ao Simpósio começou a falar em unificação, regras e outros “modismos”: A Capoeira Regional que ele criou e deu força não podia desaparecer assim, por causa de uma pretensa evolução (ALMEIDA, 1982, p. 21).
O próprio mestre Rafael arremata essa questão na sua reflexão final sobre o
assunto:
Eu tinha tanta expectativa em ver a capoeira como esporte nacional, como arte marcial brasileira. Demorou um pouco pra cair a ficha. Eu falei: Caramba! Esse é o espírito da capoeira! Ela não aceita ser regulamentada, ela não aceita regras, ela não aceita que se uniformize. Ela valoriza é a diferença! (MESTRE RAFAEL, 2007).Entretanto, em 1972, a capoeira é reconhecida de forma oficial pelo então Ministério de Educação e Cultura, vinculando-se à Confederação Brasileira de Pugilismo (CBP), através do Departamento Nacional de Luta Brasileira (Capoeiragem). Esse fato irá corroborar, de uma vez por todas, a sua institucionalização. Através dessa estratégia, ela será paulatinamente inserida nas modalidades esportivas praticadas em diversos espaços de treinamento físico e de lazer.

lunes, 9 de noviembre de 2009

capoeira, où l'on simule le combat

GRAVURA: FUENTE:Digital:icon395061_73v_238.tifAutor/Criador:Ender, Thomas, 1793-1875.Título:[Estudos de atitudes: capoeira.]Data:[18--].Em:Zeichnungen von schiffen, gräsern und figuren
Ferdinand Denis (1798-1890)
Ferdinand Denis tem sido insuficientemente considerado nos estudos interculturais no contexto euro-brasileiro. É um autor que merece particular consideração pelo número de obras que dedicou ao Brasil e, sobretudo, pela sua particular consideração da natureza dos trópicos. Assume, assim, especial relevância histórica nos estudos atuais que procuram desenvolver estudos culturais de orientação ambiental.
Nascido em 1798, veio ao Brasil em 1816, com dezoito anos, visitando o Rio de Janeiro e a Bahia. Retornou a Paris antes de maio de 1820. A sua estadia cai assim na época da Missão Artística francesa ao Brasil e no período imediatamente anterior à proclamação da independência.
Após o seu retorno, publicou, juntamente com M. H. Taunay, a obra fundamental relativa ao Brasil dos anos 20 do século XIX no mundo de língua francesa: Le Brésil ou Histoire, Moeurs, usages et coutumes des habitants de ce Royaume. A obra, ornamentada com numerosas gravuras de desenhos feitos por M. H. Taunay, foi publicada em 6 tomos em 1821 (I e II) e 1822 (do III ao VI) em Paris, pela editora Nepveu. A colaboração com Hippolyte Taunay, filho do pintor Nicolas Taunay, muito contribuiu à criação de uma imagem romântica do Brasil na Europa do século XIX. http://www.academia.brasil-europa.eu/Materiais-abe-76.htm


Brésil - Resultado de la Búsqueda de libros de Google
de Ferdinand Denis, César Famin - 1837 - History - 416 páginas... un iils nationaux : le banza, le tambour congo , le monocorde de Loango , retentissent sans cesse dans les ...
... qui exprime alternativement les refus et les plaisirs de l'amour; la capoeira, où l'on simule te combat; le landou, qui est passé même sur le théâtre, ...
OTRA FUENTE: http://saladepesquisacapoeira.blogspot.com/2009/07/1838-rio-de-janeiro-capoeirabatuque-y.html
Nota sobre arte marcial de Martinica:
Richesses du français et géographie linguistique‎ - Página 272André Thibault - 2008 - 608 páginas
En Martinique, danse de veillée mortuaire qui simule un combat» Ludwig et al. 2002 sv lagya ; « (afr.) danse-combat d'origine africaine ...

Laamb Senegal


Grabado :"Negroes fighting, Brazil" c. 1824. Painting by Augustus Earle depicting an illegal capoeira-like game in Rio de Janeiro http://en.wikipedia.org/wiki/File:CapoeiraEarle.JPG

Recorte Libro: Les griots wolof du Sénégal‎ - Página 69Isabelle Leymarie - 1999 - 183 páginas
Les champions de lutte traditionnelle ... Sport national wolof ... première phase de la lutte, organisée dans les campagnes à l'époque où le mil et

domingo, 8 de noviembre de 2009

1920-Descripción de un Batuque (Pernada)


Nem Do Morro Nem Da Cidade -‎ - Página 123José Adriano Fenerick - 2005 - 281 páginas
Findo seu recado, chegava-se a um outro, figurava uma coreografia de capoeira terminada cm reverencia, convite para o outro mostrar do que era capaz.

sábado, 7 de noviembre de 2009

batuque

foto: Tiburcio de Jaguaripe (batuquero). Tiburcinho teve por mestre Bernardo José de Cosme
http://voltanomundocapoeira.blogspot.com/2009/08/mestre-tibucinho.html

Márcio Penna Corte Real
AS MUSICALIDADES DAS RODAS DE CAPOEIRA(S):
DIÁLOGOS INTERCULTURAIS, CAMPO E ATUAÇÃO DE
EDUCADORES
Em relação ao batuque
, sabemos que o mesmo foi uma prática competitiva presente nas festas de largo da Bahia. Como a capoeira, teria sido perseguido pela repressão policial decorrente do código penal de 1890. Vieira (1995, p.135) informa mais detalhadamente que:
São raras e geralmente muito vagas as referências a essa instituição na literatura especializada nas tradições nordestinas. Segundo Édison Carneiro (1812: 111- 112), trata-se de um jogo praticado ao som de berimbaus e outros instrumentos, em que o objetivo é derrubar o adversário com o uso de golpes de perna, como rasteiras e joelhadas. Formado um círculo, um dos participantes entra na “roda” e dirige o desafio a outro jogador, enquanto o grupo acompanha o ritmo dos instrumentos com palmas e cânticos. Édison Carneiro afirma, ainda, que o batuque teria sido incorporado à capoeira, inexistindo atualmente como tradição
isolada.


Apesar da referência às fontes esparsas, Reis (1997, p.129 – nota de número 12) informa que:
O batuque baiano, segundo Câmara Cascudo (1988), era uma modalidade da capoeira. O acompanhamento musical assemelhava-se ao dela, com utilização de pandeiros, berimbaus e ganzás, além do que entoavam-se cantigas. A luta envolvia dois jogadores por vezes, os quais deveriam unir as pernas com firmeza e aplicar rasteiras um no outro. O principal era evitar cair e “por isso mesmo era comum ficarem os batuqueiros de banda solta, isto é, equIlibrado numa única perna, a outra no ar, tentando voltar à posição primitiva (...).”No documentário, antes citado, Moura (1968), ao entrevistar o batuqueiro Tiburcinho, questionou-o sobre a utilização do berimbau no batuque. Pelo menos, no depoimento do entrevistado, a informação de que o berimbau é utilizado no batuque não foi confirmada:
Moura: Você aprendeu batuque com quem? Quem foi seu mestre de batuque?
Tiburcinho: Meu mestre de batuque foi Bernardo.
Moura: O Bernardo José de Cos?
Tiburcinho: É.
Moura: E ele era da onde?
Tiburcinho: da Bahia. (...)
Moura: O batuque era acompanhado por quê? Gunga62, não?
Tiburcinho: Não.
Moura: Não?
Tiburcinho: Não. Era pandeiro.
Esta personagem, chamada Mestre Bimba, que ficaria conhecida pela criação da Capoeira Regional, nasceu em 23 de novembro de1899, na cidade da Bahia de Todos os Santos – Falcão (2004) e a publicação da UCSAL (2003), que já citei, informam este ano, de 1899, como sendo de nascimento do Mestre.
Há uma outra data atribuída a seu nascimento, que é mais divulgada entre os pesquisadores (cf. REIS, 1977; VIEIRA, 1995; REGO, 1968), de acordo com a explicação, que consta na Revista Memórias da Bahia, num breve relato no qual o Mestre é comparado a um rei (UCSAL, 2003, p.14, grifos meus), é esclarecido o seguinte:


“Os negros cantam suas lutas misteriosas.” Este é o título da reportagem em que o procurador judicial Ramagem Badaró descreve maravilhado a luta, na revista Saga de agosto de 1944. na matéria, Bimba aparece identificado como “O grande rei negro do misterioso rito africano.” Um reconhecimento que, pouco a pouco, se alastrava pelas ruas e becos da província da Bahia, mas que começara anos antes, em 23 de novembro de 1899 (ele tinha outra certidão em que constava 1900), no Engenho Velho de Brotas, pouco mais de uma década após a abolição da escravatura.62 Gunga é chamado o berimbau de som mais grave, grosso modo, som mais grosso, nas rodas
em que há a presença de três berimbaus, sendo os demais de som médio e agudo. Às vezes,
como é o caso acima, gunga também é usado para designar o instrumento berimbau, em geral.
Na Capoeira Regional, criada por Mestre Bimba, convencionou-se a utilização de apenas um
berimbau na animação da roda de capoeira.




lunes, 2 de noviembre de 2009

Competiçoes de Batuque


Cacique de Ramos: uma história que deu samba‎ - Página 110 Carlos Alberto M. Pereira - 2003 - 172 páginas.As nossas manifestações populares têm como pontos altos o samba, as rodas de capoeira, as competições de batuque,

UNESCOM - Congresso Multidisciplinar de Comunicação para o Desenvolvimento Regional

São Bernardo do Campo - SP . Brasil - 9 a 11 de outubro de 2006 - Universidade Metodista de São Paulo.


(pág3)

Grande batuqueiro da época foi Tibúrcio José de Santana, (década de 50, em Jaguaripe) quando, em entrevista, confirmou o nome de batuqueiros famosos com os quais conviveu e lutou 6 : Lúcio Grande (Nazaré das Farinhas), Pedro Gustavo de Brito, Gregório Tapera, Francisco Chiquetada, Luís Cândido Machado (pai de Bimba), Zeca de Sinhá Purcina, Manoel Afonso (de Aratuípe), Mansú Pereira , Pedro Fortunato , Militão, Antônio Miliano, Eusébio de Tapiquará (escravo da família Abdom em Jaguaripe). Segundo Édison Carneiro7, ...a competição mobilizava um par de jogadores de cada vez.
Havia golpes como a encruzilhada em que o atacante atirava as duas pernas contra as pernas do adversário, a coxa lisa, em que o jogador golpeava coxa contra coxa, acrescentando ao golpe uma raspa, o baú, quando as coxas do atacante davam um forte solavanco nas do adversário, bem de frente. No século XVIII, constituído de instrumentos de percussão (membranofones, idiofones), o Batuque surgiu com esta designação, em conseqüência da homologação entre os atos do .bater., verificados, tanto na forma primitiva do candomblé - o batucajé na Bahia, dança religiosa de negros ( onde os atabaques marcam o ritmo para o contato com as divindades) 8, quanto numa modalidade de capoeira, o famoso batuque-boi ou pernada (ou batuque), luta popular de origem africana muito praticada nos municípios de Cachoeira, Santo Amaro e Salvador, acompanhada de pandeiro, ganzá, berimbau ( o único cordofone + idiofone, como exceção), e cantigas. É de procedência banto como a capoeira.
6 MOURA, J. - Mestre Bimba. Salvador (BA): Prod. Zumbimba, 1993, p. 43.
7 CARNEIRO, E..A Sabedoria Popular. Rio de Janeiro: Edição de Ouro (1948), Civilização Brasileira, 1978.
8 RAMOS, A. - O negro Brasileiro - Rio de Janeiro: Editora CASA - Est. do Brasil, 1934 - p.162.
http://encipecom.metodista.br/mediawiki/images/3/34/GT2-_FOLKCOM-_04-_Fundamentos_da_Cultura_Musical_-_Nicia.pdf

domingo, 1 de noviembre de 2009

SAMDA DURO,PERNADA,BATUQUE E CAPOEIRAGEM



RECORTE LIBRO: Orestes Barbosa: repórter, cronista, e poeta‎ - Página 349Carlos Didier - 2005 - 684 páginas
... espécies de banda, de frente, em cruza e jogada, GOLPES DE CAPOEIRAGEM
Novo dicionário banto do Brasil‎ - Página 37Nei Lopes - 2003 - 260 páginas
BANDA [3] sf Pernada - Abon. "... um dos golpes do batuque ...
Novo dicionário banto do Brasil‎ - Página 198Nei Lopes - 2003 - 260 páginas
SAMBA-DURO, sm Uma das denominações da batucada ou pernada carioca. SAMBA-EM-BERLIM, sm Bebida preparada com cachaça e coca-cola (BH) - A bebida



Novo dicionário banto do Brasil‎ - Página 40Nei Lopes - 2003 - 260 páginas
BATUCADA.....(4) Denominação do jogo da pernada carioca: " Abre a roda, meninada / que o samba virou batucada" (de um refrão tradicional) - De ...