OS RANCHOS PEDEM PASSAGEM
O carnaval no Rio de Janeiro do começo do século XX
PPGSA/IFCS/UFRJ
2003
Para se ter uma idéia do número de pequenas associações carnavalescas na primeira década do século XX, tomemos como exemplo o estudo realizado por Cunha (2001). A autora fez um levantamento das agremiações carnavalescas no período entre 1901 e 1910, tendo sua mostra um total de 492 agremiações. Dentre tais agremiações, a autora levou em conta os “cordões”, “ranchos” e “sociedades”. Quanto à divisão da espacialidade, a autora considerou cinco “grupos de localidades” da cidade do Rio de Janeiro, denominadas de “freguesias”.
O primeiro grupo englobava as freguesias centrais da Cidade Velha, situadas ao sul do Campo de Santana, onde estavam os teatros, cafés, a prostituição mais chique e os atrativos da vida boêmia da cidade. No centro da cidade, predominavam as sedes das grandes sociedades carnavalescas.
O segundo compreendeu as regiões onde estavam muitas residências dos grupos mais abastados, como os bairros de Botafogo e Catete, mas que também serviram de refúgio a foragidos da polícia ou dos senhores na primeira metade do século XIX, dando, paralelamente, origem à concentração de grupos mais pobres e a algumas maltas de capoeiras. Nesse caso, 13, 4% da população correspondia a 22,9% das agremiações carnavalescas.
http://www.ifcs.ufrj.br/~ppgsa/mestrado/Texto_completo_196.prn.pdf
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