martes, 14 de diciembre de 2010

1967-MINAS- Toninho introduce la Capoeira Regional

fuente: Plataforma Hélio Gravatá ,Tipo da obra Periódico ,Número de referência AHG-003188 ,Autor(es) MAURICIO, José ,Título do periódico Estado de Minas ,Título do artigo Na roda da capoeira ,Assunto Folclore ,Volume caderno feminino ,Página inicial 5 ,Página final 5 ,Notas Na ficha existe citação retirada da obra. Pequeno comentário de Hélio Gravatá sobre a obra. ,Palavras-chave Luiz Márcio Ladeira.

domingo, 12 de diciembre de 2010

1816-RIO- Detenção de três “pretos de Martinica”(ladja),

Schultz, Kirsten, Perfeita civilização: a transferência da corte, a escravidão e o desejo de metropolizar uma capital colonial. Rio de Janeiro, 1808-1821, Tempo, vol. 12, núm. 24, 2008, pp. 5-27, Universidade Federal Fluminense, Brasil.Escrevendo em 1808, Viana afirmava que uma rebelião de escravos na nova corte do príncipe regente certamente encorajaria os “bem conhecidos inimigos” da monarquia portuguesa. Mesmo depois do final da guerra, em 1816, Viana insistia que “tendo sabido, e de certo com exageração, que tem havido espirito insubordinado na escravatura da Bahia”, os defensores de Napoleão acreditavam que “por ahi possão ser mais bem recibidos”.49 Para Viana e outros conselheiros reais, a solução era a revista e detenção de qualquer indivíduo, branco ou preto, que fosse visto como tendo conexões com o Caribe, bem como (não surpreendentemente) aqueles que expressassem agendas abolicionistas. Assim, em 1816, “hum preto de nome de Carlos Romão que he de Nação Franceza” viu-se na cadeia da cidade, para que o intendente pudesse determinar se ele era “da Ilha de São Domingos, ou dali viesse (...)se ha outros, ou mulatos, se ja esteve na Bahia, ou conhece alguns que la estejão e viessem de São Domingos, e signaes por onde se possão descobrir”. Essas ações, no entanto, também envolviam riscos. Como Viana comentou acerca da detenção de três “pretos de Martinica”, àquele que podia verificar suas ocupações passadas e presentes, “destes mesmos sempre tenho procurado não entrar com elles em exames judiciaes nem com inquirições de testemunhas que sempre vão dar Corpo que a couzas não tem, e suscitar ideas, athe ignoradas da maior parte das gentes”.50

49 Viana, “Registro do Ofício expedido ao Ministro e Secretário da repartição da Guerra”, 23 de maio de 1808, ANRJ, Códice 318, f16-16v; Viana, [representação para D. João], 24 de novembro de 1816, ANRJ MNB, caixa 6J 83.
50 Viana, “Registro do Ofício expedido ao Juiz do Crime do Bairro de Santa Rita”, 11 de abril de 1816, ANRJ, Códice 329, v. 3; Viana, Registro do Ofício expedido ao Ministro de Estado dos Negócios de Guerra”, 8 de julho de 1808, Códice 318,
http://redalyc.uaemex.mx/pdf/1670/167013399002.pdf

domingo, 5 de diciembre de 2010

Dr. Sisnando Lima. Santa Barbara, 8 / 8 /41.

Dr. Sisnando Lima. Santa Barbara, 8/8 /41.
Carta aberta ao Dr. Jorge Watt, Delegado Regional do Reconcavo Bahiano
Saudações. Residindo nesta localidade ha tres anos, tenho verificado o inegavel progresso que, sem favor, a atual administração soube imprimir ao Distrito, impulsionando melhoramentos urbanos, transmitindo ao povo o entusiasmo e a fé no brilhante futuro da sua terra natal. E’ pena que, á sombra de tais empreendimentos, vicejem fatos que, provavelmente, escapam ao seu (dela) conhecimento, deprimindo a localidade, fazendo-a regredir, empanando o brilho dos seus triunfos. A pratica ilegal da medicina tem sido um dos crimes que mais têm preocupado V. Excia. e na repressão do mesmo V. Excia. tem agido com justiça e energia. Não fôra a ameaça de uma nevrose coletiva, não estaria a ventilar este assunto, solicitando de V. Excia. medidas drasticas que julgo imprecindiveis para o momento atual. Até agora vinha encarando o fato como fonte de estudos sociais, analisando as suas causas remotas, buscando a sua origem, principalmente na transladação “ex-abrupto” do selvagem africano, para o seio de uma civilização adiantada. Nivelado ao seu antigo senhor pela abolição, de inteligencia rudimentar, eivados de crenças e surpertições abraçando uma religião monoteista, apanagio dos povos cultos, o seu espirito atrofiado, torturado, não se poderia librar ás belezas metafisicas do cristianismo e qual novo Ícaro, caiu de azas partidas e rolou pelos cultos totêmicos do animismo fetichista primitivo. O Prof. Nina Rodrigues provou exaustivamente a frequencia da Paranoia nos negros e mestiços brasileiros. E’ bem de ver que tais fatôres condicionarão forçosamente, “alta copia” de iluminados, entendidos e outros que tais arrebanhando massas populares in-concientes, a praticas avatares de deploraveis consequencias. Problema complexo, a depender de causas etnicas, sociais e climortéricas, é claro, sua solução não se dará por medidas policiais mais ou menos energicas. E ao encaminhar estas linhas a V. Excia. não desejo apresentar sugestões, não incrimino ninguem, não pretendo pontificiar doutrinas— cumpro o que julgo, o meu dever, chamando a atenção dos poderes competentes para estas praticas que desabonam nossos fóros de civilização e ao memo tempo faço ver aos colegas, o meu protesto contra praticas que lesam as prerogativas da nossa classe. Recorrendo a V. Excia. tenho a certeza de que sabereis com justiça, tacto e ponderação, antepôr um dique á onda avassaladora de barbaria que ora nos ameaça, para que, detida a avalanche, possam os sociologos drenar o pántano e sobre ele aspergir as luzes ubérrimas da civilização. Sirvo-me da presente para manifestar a V. Excia. os meus protestos de admiração e estima.
Santa Barbara, 8/8 /41.
N. 5427—1—1. Folha do Norte, 09 de Agosto de 1941, p.04 (continuação)
FUENTE: Jornal “FOLHA DO NORTE” Cartas de leitores e redatores 1909-1997 , Organização
Zenaide de Oliveira Novais Carneiro, TRANSCRIÇÃO (1909-1950) Lorena Rosa Santos, Mônica Araújo Cruz, (1951-1997) Tárcia Priscila Lima Dória, Feira de Santana, 2008

sábado, 4 de diciembre de 2010

Juracy Magalhaes

Garotas tricolores, deusas fardadas: as normalistas em Feira de Santana, 1925 a 1945
Ione Celeste Jesus de Sousa - 2001 - 197 páginas
(pag 138) 7 - Na eleição de 1933, Feira de Santana teve candidatos ao Legislativo que apoiaram Juracy Magalhães, interventor candidato a governador pelo PSD. Foram eleitos deputados estaduais Oscar Tantu e Elpidio Raimundo da Hora que foi 3o Secretário da Mesa Legislativa. Para a Câmara Federal foi eleito o ex-prefeito e sócio do Semanário Folha do Norte, o comerciante Arnold Ferreira da Silva. Pela Concentração Autonomista, de oposição, foi eleito deputado estadual João Mendes da Costa Filho (Sampaio ,1992, capitulo 5 , III Parte).
Nota del pesquisador: Juracy Magalhaes, además de conocer el Savate (Boxeo francés) era "Filho de Ogum".En la década de 1930 Juracy frecuentó Feira de Santana de donde era el padre de Mestre Bimba (Batuque) y donde vivía Cisnando (Jiu-Jitsu) que fué su escolta personal . De aqui puede salir la "génesis" de la Capoeira Regional.
NOTA foto: Posible foto de Juracy Magalhaes, conocía el Savate (Boxeo francés- Escola Militar Rio 1923) y era "Filho de Ogum . FUENTE (Libro),PAG195 The Yoruba diaspora in the Atlantic world .
A Federaçao Nacional do Culto Afrobrasileiro informa de la presencia de 17 centros umbandistas en Feira de Santana. Antoniel Bispo acredita que los primeros centros surgieron en la década de 1950.

UMBANDA

Pedro Pipoca (amigo de Pedro Porreta) tenía tatuado el Signo de Salomón con tres cruces encima.También,el policía y capoeira Arestides de Santana asesinado por Ignácio Loyola teníia tatuado una cruz y el Signo de Salomón.


FUENTE:(PAG 114) A MALANDRAGEM DA MANDINGA: o cotidiano dos capoeiras em. Salvador na República Velha (1910-1925)
http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/cp020539.pdf
FUENTE: RECORTE ARTÍCULO SUPERIOR: http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=2261

viernes, 3 de diciembre de 2010

Nascimento Grande

Na composição dos bailes pastoris, sob provável influência de clubes carnavalescos, entram dois grupos chamados de cordões. O cordão encarnado e o cordão azul. No cordão encarnado figuram: a mestra, a primeira do encarnado e a segunda do encarnado. Do cordão azul fazem parte: a contra-mestra, a primeira do azul e a segunda do azul.

A presença dos cordões, azul e encarnado, deu origem à formação de partidos, cada qual se batendo pela cor de sua predileção. A rivalidade tomou forma organizada, exaltando-se com a luta entre os partidos.
Não poucas vezes, terminaram os pastoris do Recife em sangangu e bordoada. Quando não em facada e tiro. Para isto, concorrendo a presença ameaçadora dos brabos e arruaceiros. Sobretudo, nas dias primeiras décadas do século XX. Nesta época, tiveram seus grandes momentos no Recife os brabos do Poço da Panela, da Estrada Nova, de Santo Amaro das Salinas, dos Afogados, do Beco da Facada, da Avenida Malaquias, dos Coelhos, da Ilha do Leite, do Fundão e da Bomba do Hemetério. Brabos que deixaram rica tradição de proezas e valentias, que a poesia de cordel imortalizou em verdadeiras canções de gesta. Entre estes brabos e valentões, alguns merecem destaque pelo sentido quase heróico de suas façanhas. São eles: Antônio Padeiro, João Sabe Tudo, Jovino dos Coelhos, Antônio Tutano, João Calé. Contudo, nenhum deles conseguiu sobrepujar ou mesmo igualar a Nascimento Grande, que foi, sem dúvida, o mais famoso dos brabos recifenses, pelo seu porte gigantesco, sua força hercúlea, a habilidade com que manejava a possante bengala, o punhal e em casos extremos, a pistola. De coragem espantosa, esgrimindo pernas e braços, como espetacular virtuose da capoeira, era capaz de derrubar e botar para correr grupos inteiros de soldados de polícia.
Entre os dois cordões do pastoril, como elemento neutro, às vezes também moderador das contendas entre simpatizantes e torcedores mais exaltados, baila a Diana, com seu vestido metade encarnado, metade azul.
Mestra, contra-mestra, primeira do encarnado, segunda do encarnado, primeira do azul, segunda do azul e Diana sempre foram as figuras obrigatórias dos pastoris.
fuente:Pastoril no Recife ,Valdemar Valentehttp://www.jangadabrasil.com.br/revista/dezembro61/especial30.asp

martes, 30 de noviembre de 2010

1955- LUTA REGIONAL BAIANA

1.Evolução histórica da cidade do Salvador: Comemorativa do IV ...: Volumen 5,Parte 1

Salvador (Brazil), Affonso Ruy - 1955

(pág 154) Uma das minhas alunas da Faculdade de Filosofia, Esther R Valatuik estudou a capoeira no barracão do mestre Bimba, muito afamado aqui na Bahia e chegou á conclusão de se tratar aí antes de tudo de luta e, só em segundo lugar de divertimento. Concorda com isso o que anos atraz, já afirmara E. Carneiro (268) da mesma escola e referindo que o próprio mestre Bimba admitiu ser a capoeira por ele ensinada, "luta regional bahiana", misturada com elementos japoneses e americanos. A minha informante acima citada observou na escola do mestre Bimba quatro golpes: No primeiro caso. o capoeirista, apoiando-se no chão com as mãos, lança seus pés contra o peito do adversário. A "meia-lua" é considerado o golpe de ataque mas eficiente e mais perigoso da capoeira. O lutador fica de costas para o adversário ,aparentemente descuidado , movendo-se lentamente ,até que ....

sábado, 27 de noviembre de 2010

'Wild Men of the Kalahari' (1930)

NOTA DEL PESQUISADOR: KARASCH, Mary, 2000, p.331. O viajante Rugendas descreveu essa manifestação características dos negros no século XIX da seguinte forma: “É preciso mencionar, também, uma espécie de dança militar: dois grupos armados de paus colocam-se um em frente do outro e o talento consiste em evitar os golpes da ponta do adversário. Os negros têm ainda um outro folguedo guerreiro, muito mais violento, a ‘capoeira’: dois campeões se precipitam um contra o outro, procurando dar com a cabeça no peito do adversário que desejam derrubar. Evita-se o ataque com saltos de lado e paradas igualmente hábeis; mas, lançando-se um contra o outro mais ou menos como bodes, acontece-lhes chocarem-se fortemente cabeça contra cabeça, o que faz com que a brincadeira não raro degenere em briga e que as facas entram em jogo ensangüentando-a”. RUGENDAS, João Maurício, 1972, p.279.



'Wild Men of the Kalahari' (1930) 30m, prod. C. Ernest Cadle. In one of the earliest "talking pictures" shot in western Africa, expedition leader and lecturer Dr. C. Ernest Cadle of the Cameron-Cadle expedition describes the Kung Bushmen as "among the most treacherous creatures on earth". He then "baited them as we would an animal" to gather them for camera shots, and noted their eating habits ("he doesn't chew, but simply swallows like a dog").
De cassange, mina, benguela a gentio da Guiné. Grupos étnicos e formação de identidades africanas na cidade de São Paulo (1800-1850), Regiane Augusto de Mattos, Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, São Paulo, Maio de 2009A capoeira era muito praticada nas cidades, sobretudo por negros de ganho, que circulavam vendendo alimentos nas ruas. Para proteger suas mercadorias de roubos, eles faziam movimentos com o corpo, que pareciam formar uma coreografia. Mais tarde, a capoeira se consagraria uma dança, uma espécie de brincadeira, feita por escravos e libertos, africanos ou não, nas horas vagas.401 Inserida no quadro histórico da escravidão e da diáspora, a capoeira seria o resultado de uma combinação das experiências dos africanos como escravos nas Américas e de elementos específicos das tradições culturais africanas trazidos por determinados grupos étnicos. A respeito da africanidade dessa prática, Carlos Eugênio Líbano Soares, ao estudar a capoeira escrava no Rio de Janeiro, entre 1808 e 1850, aponta para a existência de danças marciais no Caribe com origem em tradições do Congo, como a lagya, na Martinica e o mani ou bombosa, em Cuba.402 Ademais, utilizando-se de um artigo do pesquisador norte-americano John Thornton 403, sobre tradições dos antigos povos de Angola, Soares relata a presença de uma “dança de guerra” entre os povos do Reino do Congo, considerando-a como ponto de partida para o descobrimento de raízes africanas na capoeira.
401 KARASCH, Mary, 2000, p.331. O viajante Rugendas descreveu essa manifestação características dos negros no século XIX da seguinte forma: “É preciso mencionar, também, uma espécie de dança militar: dois grupos armados de paus colocam-se um em frente do outro e o talento consiste em evitar os golpes da ponta do adversário. Os negros têm ainda um outro folguedo guerreiro, muito mais violento, a ‘capoeira’: dois campeões se precipitam um contra o outro, procurando dar com a cabeça no peito do adversário que desejam derrubar. Evita-se o ataque com saltos de lado e paradas igualmente hábeis; mas, lançando-se um contra o outro mais ou menos como bodes, acontece-lhes chocarem-se fortemente cabeça contra cabeça, o que faz com que a brincadeira não raro degenere em briga e que as facas entram em jogo ensangüentando-a”. RUGENDAS, João Maurício, 1972, p.279.
402 SOARES, Carlos Eugênio Líbano, 2004, p.81, 143.
403 THORNTON, John K. The art of war in Angola, 1575-1680. Comparative study of Society and History. v.30, n.2, abr., 1988, p.368-371. Apud SOARES, Carlos Eugênio Líbano, 2004, p.143.
http://www.fflch.usp.br/spap/administracao/arquivos_publicacao/DA_REGIANE.PDF

viernes, 26 de noviembre de 2010

1936 - "L'Ag'Ya" arte marcial de Martinica (CAPOEIRA)

GRIFO: The video fooftage was recorder in 1936 by Katherine Dunham without sound.

viernes, 20 de agosto de 2010

Educação Física e Capoeira: Cultura Popular e Indústria Cultural no Jogo de Roda

Educação Física e Capoeira: Cultura Popular e Indústria Cultural no Jogo de Roda
Giancarlo Roger Hilário.
(pag18) - A introdução do chamado Método Francês é, também, um fatoimportante. Originário, ainda, de Joinville-le-Pont, foi trazidopor militares franceses que vieram servir na Missão Militar Francesa. Adotado pelas Forças Armadas, a suaobrigatoriedade foi estendida à esfera escolar (1931),“enquanto não for criado o método nacional de EducaçãoFísica”. O Regulamento de Educação Física da Escola Militar de Joinville-le-Pont foi a bíblia da Educação Física brasileirapor mais de duas décadas. As limitações conceituais do citadoRegulamento ficam expressas quando, definindo EducaçãoFísica, rezava: “A Educação Física compreende o conjuntodos exercícios cuja prática racional e metódica é suscetível defazer o homem atingir o mais alto grau de aperfeiçoamentofísico, compatível com sua natureza.” (OLIVEIRA, 1977, p. 57).
(pag19) - Documenta o arraigamento militar na Capoeira Regional o fato de Mestre Bimba ter ministrado aulas de Capoeira, entre os anos de 1939 a 1942, no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR), no Forte do Barbalho, em Salvador. Em seu curso de Capoeira Regional Baiana, MestreBimba incluiu uma etapa de “Especialização”, na qual eram realizados combates corpo-a-corpo, com e sem armas, e instruções de guerrilha. Segundo Raimundo Alves César Almeida, o Mestre Itapoan, o curso de Especializaçãose estendia por três meses, sendo dois na academia e um nas matas da Chapada do Rio Vermelho, onde acontecia o ponto alto do curso, as"emboscadas": Era uma verdadeira guerra, verdadeiro treinamento deguerrilha. Bimba colocava quatro a cinco alunos para pegar deemboscada. (...) Durante essas emboscadas, os alunos doMestre quebravam cercas, invadiam casas, tudo isso para defender-se de qualquer maneira (ALMEIDA,1982, p.27).Neste cenário, a Capoeira Regional aporta como projeto históricode uma sociedade calcada na necessidade da autoridade coercitiva comoforma de se conseguir obediência, disciplina, aptidão física e saúde.


Nota del pesquisador: La capoeira de Bimba eliminó o desenfatizó los efectos ceremoniales, y rituales y lúdicos de la Capoeira Angola, e incorporó nuevos elementos de lucha que hasta ese momento le eran foráneos: agarres, defensas contra éstos, y ciertos golpes nuevos. No se sabe con certeza el origen de estos nuevos movimientos. Según lo manifestado por el propio Bimba a Rego (1968: 33) él “se valió de golpes de batuque... así como detalles de la coreografía de maculelé ... además de los golpes de lucha greco-romana, jiujitsu, judo y savate... ”. La influencia del batuque le había llegado a través de su padre, avezadopracticante de este arte popular. La real influencia de luchas orientales o europeas en la Región de Bimba es objeto de discusión: Carneiro (1975:14) las enfatiza, sus ex-alumnos la niegan (Itapoan 1982) o minimizan (Almeida 1981:42); otros autores como Rego (1968:269) o Areias (1985:67,70) las señalan pero no las destacan.
Lo cierto es que a partir de Bimba, en la década de 1930, la capoeira sufrió una gran transformación. Se enfatizaron los aspectos de lucha, se añadieron nuevos movimientos, se formó un grupo importante de practicantes de las clases medias y altas y se la empezó a practicar en forma legal.
http://www.revistaquilombo.com.ar/documentos/frigeriocapoeira.pdf

jueves, 19 de agosto de 2010

sábado, 17 de julio de 2010

MARANHAO- 1937, no lugar Riozinho “houve pauladas e facadas”

A CIDADE NA FESTA, A FESTA NA CIDADE:

Negociações e tensões nos festejos juninos na São Luís da primeira metade do século XX•
Antonio Evaldo Almeida Barros••

39 PCT (25/6/1902, p. 1, grifos do autor). Em 1937, no lugar Riozinho (interior da ilha), o bumba-meu-boi Lindo Amor, da Quinta (subúrbio), enfrentou-se com um bumba do Sitio Apicum (interior da ilha), “e o tempo fechou”, “houve pauladas e facadas”, tendo um dos brincantes saído seriamente ferido. A polícia teria aberto inquérito para apurar o caso. (DNT, 27/6/1937, p. 4) Em 1940, no dia consagrado a São Pedro, brincantes do bumba-meu-boi Conhecido “perturbaram a ordem, tendo havido muitas caçambadas e derramamento de sangue”. Mais de quinze brincantes teriam se envolvido na “pororoca”. Alguns, feridos a facas ou cacetes, tiveram que ser submetidos a exame de corpo de delito e medicados no Pronto Socorro. A licença do bumba-boi foi cassada e a polícia abriu inquérito para apurar o caso. (DNT, 30/6/1940, p. 5). No Maranhão, desde as primeiras notícias sobre os bumbas há referências à aliança fundamental entre trova e capoeira nessas organizações festivas.
http://www.anpuhsp.org.br/downloads/CD%20XIX/PDF/Autores%20e%20Artigos/Antonio%20Evaldo%20Almeida%20Barros.pdf

1947-MARANHAO- Zé Igarapé conhecido capoeirista e trovador

FOTO: José Anastácio da Silva - o Zé Igarapé.
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS 
PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS ÉTNICOS E AFRICANOS.
ANTONIO EVALDO ALMEIDA BARROS

O PANTHEON ENCANTADO
Culturas e Heranças Étnicas na Formação de Identidade Maranhense (1937-65)

SALVADOR 2007

.................Um dos cantadores mais famosos do Maranhão da primeira metade do século XX era Zé Igarapé. Ele foi amo do boi da Madre Deus de 1908 a 1939........................................................................

Zé Igarapé, em 1947, também cantava “te arreda da frente, deixa meu povo passar, que esse ano eu te faço, tu me arrespeitar”. De fato, ele era conhecido por ser bom “na trova e na capoeira” (OGB, 25/6/1947). Segundo informa o amo M. V. Passos, durante o período em que foi cantador do boi da Madre Deus, Zé Igarapé foi acusado pela polícia de ter matado o miolo de um boi. “Nós se encontremos com o boi de Cururupu. Cegaram meu irmão, morreu cego, jogaram uma pedrada, vazou o olho. Foi que Zé Igarapé deu uma cacetada no rapaz que desapareceu do mapa”. Então, “a polícia andou cercando Zé Igarapé mais de mês. É porque teve aquela morte e só botavam o nome dele”. (MARANHÃO, 1997, p. 79-83)
http://www.posafro.ufba.br/_ARQ/dissertacao_antonio_barros.pdf

lunes, 7 de junio de 2010

1938-Bahía, Ruth Landes llama a la Capoeira Afro-Brazilian Jiu-Jitsu

Mounted field photographs from Bahia, Brazil, 1938-1939

Creator: Landes, Ruth, 1908-1991
Title: Mounted field photographs from Bahia, Brazil, 1938-1939
Contained in: Field photographs from Bahia, Brazil, 1938 - 1939
See Others in: Mounted photographs from Bahia, Brazil, 1938-1939
Phy. Description: 15 photographic prints mounted on sheet of paper : black & white ; 8 1/2 x 11 inches (plus 3 sheets of paper)
Photographs of Candomblé priestesses, sacred trees, fetish houses, and Capoeira from anthropologist Ruth Landes' 1938-1939 field research on Afro-Brazilians and Candomblé in Brazil in the city of Bahia (now known as Salvador). Also three versions of Landes' typed explanations of the prints. See individual catalog records under "Mounted field photographs from Bahia, Brazil" for digital images and captions for each print.

Cite as: Brazil: Bahian blacks and candomblé [1 of 3], Box 62, Ruth Landes Papers, National Anthropological Archives, Smithsonian Institution
fuente: Mounted field photographs from Bahia, Brazil, 1938-1939

sábado, 5 de junio de 2010

Bedel de la Facultad de Medicina de Bahía introduce en Gantois a R.Landes (fotógrafa de Capoeira)

Grupo de músicos do Gantois. Esqueda a direita: Amorzinho Assobé ( de terno e boné , bedel da Faculdade de Medicina (donde estudió Cisnando) no tempo em que a escritora Ruth Landes esteve na Bahía e ele era o contato da pessquisadora como Gantois).
FUENTE: PAG 66 http://books.google.com/books?id=168tL_tTJQwC&lpg=PA66&dq=geral%20pinto%20aleixo&hl=es&pg=PA66#v=onepage&q&f=false

Nota: In 1938-1939, Ruth Landes worked in Bahia, Brazil, Studied Afro-Brazilians and Candomblé in Brazil, especially at Bahia

Posible foto de Juracy Magalhaes, conocía el Savate (Boxeo francés- Escola Militar Rio 1923) y era "Filho de Ogum

FUENTE (lIBRO),PAG195 The Yoruba diaspora in the Atlantic world

1930-40 Capoeira fotografiada por Ruth Landes y otros

Fotos (Capoeira) tomadas em 1938-39. Fonte: Ruth Landes´ Papers, National Anthropological Archive, Smithsonian Institute, Washington DC.
http://www.arquivoafro.ufba.br/downloads/exibir/476
Fotos tomadas no período de novembro 1940 a março 1941. Fonte: Franklin Frazier´s Papers, Moorland-Spingarn Archive, Howard University, Washington, DC
http://www.arquivoafro.ufba.br/downloads/listar/4







ARTÍCULO:

CAMINHOS CRUZADOS: TRAJETÓRIA INDIVIDUAL E GERAÇÃO
Lucia lippi Oliveira
FUNDAÇAO GETULIO VARGAS CENTRO DE PESQUISA E DOCUMENTAÇAO DE HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DO BRASIL
RIO DE JANEIRO 1988
(PAG14)
O I Congresso Afro-Brasileiro e realizado no Recife em 1 9 3 3 sob a coorderiação de Gilberto Freyre e contando com a presença de Artur Ramos, Édison Carneiro, Jorge Amado entre outros. A judado por Áydano do Couto Ferraz e'Reginaldo Guimarães, Édison Carneiro organiza o 11 Congres so Afro-Brasileiro, realizado na Bahia, em janeiro de 193 7 . " É preciso lembrar que ' as religiões africanas' do tempo de Nina, já eram, para Ramos e Carneiro, ' religiões negras' . Religiões do povo negro da Bahia. " (Lima, 1 987, p. 40) Nes se 11 Congre sso reúnem- se estudiosos locais, pesquisadores esestrangeiros
e pais e mães-de- santo da Bahia. A Bahia era considerada o campo de observação por excelência dos contatos entre brancos e negros. Ali estiveram, nos anos 30 e 40, Melville Herskovits, Roger Bastide, Franklin Frazier, Ruth Landes e Donald Pierson, este ú ltimo vindo realizar a pesquisa para o seu doutoramento na Universidade de Chicago.
http://virtualbib.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/6608/793.pdf?sequence=1

martes, 20 de abril de 2010

Relaciones de Juracy y Cisnando

foto: Cisnando Lima (derecha) ,década 1960
fuente:  http://biblioteca.ibge.gov.br/
II CAPÍTULO

O PROTESTANTISMO EM FEIRA DE SANTANA:
A CIDADE E OS NOVOS FIÉIS

Quando uma população está pronta ao conhecimento e aceitação de uma nova ideologia, ela se propaga como um incêndio na floresta, por faíscas dispersas levadas pelo acaso dos ventos, ou do Espírito. Émile Leonard.
Feira de Santana e a lenda do massapê invencível
Comentando a pavimentação da Rodovia Federal 28 em 1960, entre Feira de Santana e Salvador, a Bahia - Feira, Sisnando Lima apresentou uma dupla faceta da Princesa do Sertão. O asfalto era a conclusão “d’aquela velha aspiração – trazer o asfalto ao sertão da Bahia”, e o cumprimento da promessa que o então governador Juraci Magalhães fez ao povo: “dar a Feira de Santana uma estrada à altura de sua capacidade de desenvolvimento”.

Custa crer que esteja realmente concluída, tão longa foi a espera. E as histórias que surgiram... um massapê invencível a resistir a todos os artifícios da técnica moderna; um vértice a sorver todas as verbas...

No primeiro comício de sua campanha, nesta cidade, o então candidato Juraci Magalhães prometeu, se eleito, concluir a estrada dentro de um ano. Um popular não se conteve e gritou: “nem em dez”. Com efeito, a descrença foi a nota dominante até os últimos dias, mesmo entre seus amigos mais íntimos. A lenda do massapê invencível lançara raízes profundas.10 (Grifos nossos).

10 FOLHA DO NORTE 13/02/1960. Sisnando Lima. É a vez da Bahia p. 01, n. 2640.
fuente: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA

FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA
O INSTITUTO BÍBLICO BATISTA DO NORDESTE E A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE BATISTA EM FEIRA DE SANTANA (1960-1990)
ZÓZIMO ANTÔNIO PASSOS TRABUCO
Orientadora:
Profa. Dra Elizete da Silva
SALVADOR – BA
2009
http://www.ppgh.ufba.br/IMG/pdf/DISSERTACAO_DE_MESTRADO_ZOZIMIO_.pdf

jueves, 11 de marzo de 2010

1914- CACHOEIRA -“Um policial que batuca”.

Sambas, Batuques e Candomblés em Cachoeira - Ba

A construção ideológica da cidade do feitiço
Edmar Ferreira Santos

Salvador – Bahia, 2007
Os termos “samba” e “batuque” apareciam nas folhas quase como sinônimos. Notam-se apenas sutis diferenças em uma ou outra das tímidas descrições locais. Por exemplo, o uso do pandeiro e das umbigadas no samba enquanto nos batuques são freqüentes as referências ao “tabaque” que predominava tocado “valentemente”110. O termo “valente”, por sua vez, esteve por muito tempo associado às práticas culturais afro-brasileiras, notadamente, a capoeira. Muitos capoeiristas ostentavam a alcunha de “valentão”, símbolo de comportamento destemido e garantia de respeito no mundo das ruas111.........................................

Edson Carneiro registra um tipo de batuque que ultrapassava o sentido de puro divertimento e alcançava as esferas da luta corporal. Aliás, como na capoeira, seu jogo podia ser encarado tanto como uma brincadeira quanto como confronto. Assim, Edson Carneiro narra um batuque que, segundo afirmou, derivava de uma “luta africana”. Já na sua época, devido à “ação repressiva da polícia” em Salvador, esse divertimento existia “apenas no interior dos municípios de Cachoeira e de Santo Amaro, no Recôncavo do Estado, e um pouco também na Cidade da Bahia”. Os golpes descritos, “várias pernadas” e a “raspa” (rasteira), e os instrumentos, “pandeiro, ganzá e berimbau”, fez o autor concluir que este batuque era “uma variação da capoeira”112............................................................................

No mês de maio de 1914, no destacamento de polícia estacionado em Cachoeira havia, pelo que se sabe, ao menos um Cabo que batucava. O anônimo policial se encontrava em trânsito para Salvador e, aproveitou o domingo para ir num batuque no Alto da Capapina, sobre o túnel do ramal da Estrada de Ferro Central da Bahia. Segundo o jornalista, era o cabo quem “heroicamente” tocava o atabaque. O articulista não esqueceu de asseverar que o dito divertimento estava proibido na cidade. Ali mesmo, entre o morro da Capapina e o morro do Bitedô, a imprensa também denunciava com freqüência os batuques de um candomblé “há tempos aí existente”.124



111 Sobre os capoeiras como valentões em Salvador, ver: OLIVEIRA, Josivaldo Pires de. Pelas ruas da Bahia: criminalidade e poder no universo dos capoeiras na Salvador republicana (1912-1937). [Dissertação de Mestrado], Salvador: UFBA, 2004.
112 CARNEIRO, Edison. Religiões Negras / Negros Bantos. Rio de Janeiro: Editora Civilização Brasileira, 3.ª edição, 1991. pp.221-224.
124 “Um policial que batuca”. Jornal A Ordem, 27.05.1914, p.01; “Um policial que batuca”. Jornal A Ordem, 30.05.1914, p.01; “A polícia persegue os feiticeiros: 13 de uma vez só! Que bella ‘canôa’!”. Jornal A Ordem, 09.08.1922, p.01; no capítulo 4, analisamos uma batida policial neste candomblé.



http://www.posafro.ufba.br/_ARQ/EdmarFerreiraSantos.pdf

miércoles, 10 de marzo de 2010

Juracy Magalhaes además de conocer el Savate (Boxeo francés) era "Filho de Ogum"

(Lp original é Samba de Roda e Candomblés da Bahia)

(Mestre Bimba e Olga de Alaketo)
Le-le o,a turma de Bimba chegou(Mestre Bimba e coro)-Lp-Liceus de Artes e Oficios da Bahia-1991
ladoA:1-Quero ver bolar;2-Flor da mangueira;3-Lembra do barro vermelho;4-É canoeiro;5-Sábia cantou.
ladoB:1-Sereiá;2-O trem corre;3-Fogo na sábia;4-Le-le o,a turma de Bimba chegou.

Nota del pesquisador: Juracy Magalhaes, además de conocer el Savate (Boxeo francés) era "Filho de Ogum".
En la década de 1930 Juracy frecuentó Feira de Santana de donde era el padre de Mestre Bimba (Batuque) y donde vivía Cisnando (Jiu-Jitsu) que fué su escolta personal . De aqui puede salir la "génesis" de la Capoeira Regional.
Otra cita: Ao som do Berimbau: Capoeira, arte marcial del Brasil‎ - Página 178
Formado Comprido - 2003 - 224 páginas
El Mestre Bimba grabó dos discos producidos por JS Discos. Uno con el  título de «Curso de Capoeira Regional-Mestre Bimba» que traía un libreto con ... y otro titulado «Sambas de roda de la Bahía» -Mestre Bimba y Coro, que tenía  en la cara A: Candomblé de la Bahía- Olga de Alaketo y Coro

martes, 9 de marzo de 2010

1927-RIO Juracy Magalhaes conoce el Savate en la Escola Militar do Realengo- Rio


foto: Savate -Joinville le Point -França
1922- o Ten. João Barbosa Leite passou a servir como instrutor de Educação Física na Escola de Sargentos de Infantaria, tendo como auxiliar o Ten. Jair Dantas Ribeiro, ambos entusiastas da Educação Física. Ministraram Educação Física, pela primeira vez no Brasil, com exercícios sistematizados. A partir da prática, foram recolhidas informações e dados para estudos mais aprofundados e, novamente, os movimentos reivindicatórios de julho contribuíram para que fosse adiada a concretização do referido Centro.


Outra preocupação, no sentido de formação e aperfeiçoamento de quadros especializados para ao C.M.E.F. foi a participação do Ten. Ilídio Colônia, instrutor de infantaria da Escola Militar, de um curso na Escola Joinville-Le-Pont, na França  (savate). De volta ao Brasil e, dirigindo a instrução da Escola Militar (Escola Militar do Realengo - Rio) , conseguiu monitores para sua empreitada, junto aos alunos do terceiro ano. Podia-se já sentir a influência da Missão Militar Francesa no âmbito da organização e na disciplina da oficialidade brasileira nos estudos mais avançados e especializados, ainda que, em pleno funcionamento da Missão Francesa, tenha ocorrido a irrupção dos movimentos dos tenentes dissidentes de 1922 e 1924.8
http://www.sbhe.org.br/novo/congressos/cbhe4/individuais-coautorais/eixo03/Jose%20Tarcisio%20Grunennvaldt%20-%20Texto.pdf

1926- o Ministério da Guerra publica então o "Manual de Instrução Física", (60) de autoria do capitão João Barbosa Leite e do tenente Jair Dantas Ribeiro. Este livro era o resultado das observações e dados colhidos na Escola de Sargentos de Infantaria e serviu como orientador da tropa para todos os oficiais instrutores. Eis os assuntos nele contidos:
........................; XI — Ataque e defesa................... Essa publicação, com 220 páginas e 274 figuras, relevantes serviços prestou ao Exército, pois foi a única publicação de que o mesmo dispôs até a tradução do chamado "Regulamento Geral de Educação Física" — Nº 7. levado a efeito muitos anos depois.
http://www.publicacoes.inep.gov.br/arquivos/%7B9722C36D-A401-4F87-B5F3-3BD00A88964B%7D_nº_54_V._21.pdf

1927- Juracy Montenegro Magalhães ingressou na carreira militar, já em 1927 torna-se aspirante.(Escola Militar do Realengo - Rio)
http://pt.wikipedia.org/wiki/Juracy_Magalhães
Agildo da Gama Barata Ribeiro, Entre 1925 e 1928 cursou a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, e a seguir foi classificado no 1o Regimento de Infantaria (1o RI), na Vila Militar. Junto com Juraci Magalhães, que servia no mesmo regimento, passou a integrar o grupo de "tenentes" revolucionários liderado por Juarez Távora.
[Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 01]
1928 -RIO publicado o livro de Aníbal Burlamaqui “Ginástica Nacional (Capoeiragem) Metodizada e Regrada.
1931-BAHÍA Juracy Magalhães, aos 26 anos assume o cargo de interventor do Estado da Bahia. http://www.cbce.org.br/cd/resumos/245.pdf
1937 -BAHÍA- Bimba fué invitado por el entonces Gobernador de Bahia, General Juracy Magalhaes, para hacer una demostración de Capoeira con sus alumnos en el Palacio de Gobierno.

lunes, 8 de marzo de 2010

Del deporte al Folclore , corrupción de una modalidad deportiva (CAPOEIRA)

DONA FLOR E A VIDA CULTURAL BAIANA:

MEMÓRIA DO “THOM BAR”
Benedito Veiga
Universidade do Estado da Bahia
Universidade Católica do Salvador

Na lista de produtos baianos de exportações, não se exclui o trabalho de artistas plásticos, alguns já distinguidos, além fronteiras estaduais, como inventaria o Jornal da Bahia, de 21 de setembro de 1966; dentre outros, são postos em evidência: Caribé, Jenner Augusto, Genaro de Carvalho, Mário Cravo Júnior, Mirabeau Sampaio, Sante Scaldaferri, Calasans Neto (1)
Há diversos setores da intelectualidade e do empresariado baianos que se empenham com as ambições do governo do Estado, na aliança para fazer surgir o sonhado pólo turístico local. A cultura afro-baiana passa a ser tomada como referência de marketing, os setores hegemônicos e culturais dela se apropriam para criar as marcas da baianidade: a figa, o berimbau, a capoeira, etc. As fronteiras demarcatórias entre os níveis culturais se desmoronam, mais a serviço das causas do comércio, do que das democráticas, numa perspectiva mais adiante avaliada por Néstor Garcia Canclini, em Culturas híbridas (Garcia Canclini, 1998).(2)
NOTA DEL PESQUISADOR:
Nesta acção cultural cultural do goberno de Lomanto Junior (1963-1967), que foi aluno de Bimba aparece el grupo folclórico Olodumaré que era dirigido por Camisa Roxa, capoeirista formado por Mestre Bimba (3) , pag79.

(1) NOTÍCIA DE REDAÇÃO. Arte baiana é também um produto brasileiro de grande exportação. Jornal da Bahia, Salvador, 21 set. 1966. Caderno 3, p. 3.
(2) http://www.gelne.ufc.br/revista_ano4_no2_26.pdf
(3) Estratégias poéticas em tempos de ditadura, Universidad Federal da Bahía, Lauana Vilaronga Cunha ,2008. http://www.bibliotecadigital.ufba.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1626

viernes, 5 de marzo de 2010

João Pequeno: "A capoeira de Bimba tinha uns 50 golpes. Mas ele tinha razão, ele botou golpes de outras lutas na capoeira dele"

foto: Joao Pequenho
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


CENTRO DE DESPORTOS

DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Campus Universitário/Trindade - Florianópolis-SC

CEP: 88040-900 - Tel: (048) 231 9366 - Fax: (048) 231 9927
DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA PARA A GRADUAÇÃO
MODALIDADE: CAPOEIRA MISTA (Optativa)
CÓDIGO - DEF 5225 - TURMA: 0467C
CARGA HORÁRIA: 54 HORAS/AULA (3 aulas semanais)
CRÉDITOS: 03 (TRÊS)
SEMESTRE: 97/1
PROFESSOR: JOSÉ LUIZ CIRQUEIRA FALCÃO
LOCAL: SALA 707 GINÁSIO DE ALUMÍNIO
A Capoeira Regional


Há toda uma discussão em que alguns afirmam que Mestre Bimba teria absorvido elementos de outras lutas, como o judô, o jiu-jitsu, a luta livre e o savate para compor a Regional. Entre os velhos mestres entrevistados essa é a opinião corrente, embora geralmente não atribuam a tal fato um caráter negativo ou descaracterizador, como se pode perceber na observação de um dos mais famosos angoleiros do Brasil, Mestre João Pequeno: "A capoeira de Bimba tinha uns 50 golpes. Mas ele tinha razão, ele botou golpes de outras lutas na capoeira dele"4. Diversos autores, como Édison Carneiro, destacam a Capoeira Regional como produto da fusão da capoeira tradicional com outras lutas:


O capoeira Bimba, virtuoso do berimbau, tornou-se famoso desde que, nos anos 30, criou uma escola em que tem treinado atletas no que apelidou de luta regional baiana, mistura de capoeira com jiu-jitsu, box e catch.
4 A entrevista com Mestre João Pequeno e outros Velhos Mestres foi realizada por um grupo de pesquisadores, do qual Luiz Renato Vieira teve a oportunidade de participar, como parte do Projeto Caá-Puéra, desenvolvido com o apoio do Ministério da Educação em 1988.
http://www.cds.ufsc.br/capoeira/artigos/regional.doc

Zaqui, João, " Jiu-jitsu (attaque e defensa) contendo os requlamaentos japonés e brasileiro ", Sao Paulo, Brazil 1936


NOTA DEL PESQUISADOR:
Tte. Valdemar habla del Jiu-Jitsu 1937 (Escuela de Educaçao Física do Exercito) http://www.revistadeeducacaofisica.com.br/artigos/1937/36_adefesapessoal.pdf

libro: Zaqui, João, " Jiu-jitsu (attaque e defensa) contendo os requlamaentos japonés e brasileiro ", Sao Paulo, Brazil, Companhia Brasil Editora, 1936, 110p, MBR.

Ataque e Defesa - Regras - Defesa contra Arma Branca, Arma de Fogo, Bordão, Bengala.



Exercícios de Barra Fixa e de Grade
Contendo os regulamentos Japonês e Brasileiro
Ilustrado com 160 gravuras
Cia. Brasil Editora - 107pg

Com o intuito de colaborar com os desportistas de todo o Brasil, vimos publicando um série de livros sobre Educação Física, destacando-se, entre eles, o presente manual de Jiu-Jitsu, no qual nos esforçamos para adaptar a prática deste prélio ao sistema de preparação física individual. Destarte reunimos aqui princípios pedagógicos e fisiológicos indispensáveis à perfeita aprendizagem do Jiu-Jitsu, que vem sendo praticado entre nós há vários anos, e que hoje figura nos programas do ensino da maioria das nossas escolas de educação física.
O leitor, depois de estudar este manual, procurará seguir, segundo o seu critério ou conselho de jiu-jitsumen experimentado, o método que julgar mais compatível com os seus predicados fisiológicos. Demais, é digno mencionar que, como acontece em quase todos os ramos de atividade e conhecimentos humanos, o livro, por mais perfeito e explícito que seja na exposição de sua matéria, nunca pode substituir com vantagem um professor erudito e experiente.

Esperamos, todavia, que este manual seja de utilidade prática aos nossos patrícios e, em geral, a todos aqueles que se dedicam à nobre arte dos Samurais.

lunes, 1 de marzo de 2010

Eduardo Veiga, batizado por Bimba com o nome de guerra Duquinha

"Ou Mato ou Morro":


Capoeira como Weltanschauung
- Entrevista com Eduardo de Andrade Veiga -

Entrevista realizada em São Paulo, em 20-10-99, por Luiz Jean Lauand. Eduardo Veiga, batizado por Bimba com o nome de guerra Duquinha, é capoeirista da velha guarda e foi discípulo de Mestre Bimba. É ainda professor aposentado da Univ. Federal da Bahia. Atuou também - aplicando a "filosofia da educação da capoeira" - como professor no Centro de Treinamento de Professores Anísio Teixeira (do Governo da Bahia). Edição: Luiz Jean Lauand.
jeanlaua@usp.br


...........................................................................Em função do exposto "capoeirar" é saber aplicar golpes:

a) "em câmara lenta", suave e graciosamente;
b) desferir golpes com alta velocidade a partir de uma situação de repouso;
c) modificar a trajetória de um golpe ou estancá-lo em vista da percepção de algo "novo" após ter desfechado o golpe de defesa ou ataque;
d) durante o jogo da capoeira, o que se observa é uma "seqüência" de golpes desferidos em velocidades desde o lento quase imperceptível até aqueles em que a vista, talvez não acompanhe. O meio ambiente dos golpes é a ginga: e o ritmo e a velocidade seguem o compasso da orquestra, muitas vezes composta de um só berimbau dolente.
e) a ginga é tão importante que ela aparece sozinha no item 5 do Regulamento de Bimba e o "gingado" é conteúdo programático da primeira lição. O gingado é como uma rampa de lançamento para se disparar uma violenta cabeçada ou se defender dando um "au" com rolê saindo-se do raio de ação do oponente, que procura, mas não sabe mais onde, encontrar o adversário. Gingando, o capoeira determina as distâncias mais convenientes, inclusive para "amarrar o jogo" do adversário. Por mais que se descreva o gingado, sempre existe o inesperado no adversário: ele esconde manhas ou pode até não significar nada. Tanto simula e dissimula como esconde ou gera golpes ou defesas. É no gingado que os floreios e as negaças se harmonizam. Quando bem feitos, o adversário procura e nada encontra ou encontra sem esperar o que não procura... É malícia pura.
f) emprega-se a expressão "jogar capoeira" à semelhança de "manejar com destreza, jogar com armas". Então o capoeira é aquele que é destro no manejo de armas, a semelhança do jogo de florete ou espada. Somente que as suas armas por excelência são os dedos, as mãos abertas ou fechadas de frente ou lateral ou em "cutila", os pés, as articulações ligeiramente dobradas e a cabeça também são usadas. Sem dúvida, aprende-se também a usar armas simples e convencionais ou improvisadas;
g) joga-se também no sentido de brincar. É aprender brincando - é demonstrar que se sabe de forma alegre. Por isso o capoeirista não machuca quando joga em situação de aprendizagem ou demonstração. Conserva um sorriso as vezes até matreiro de quem com facilidade saiu-se de uma situação difícil ardilada. Pode também representar um pouco de zombaria face ao outro que nem se apercebeu claramente do que aconteceu, ou melhor, do que poderia ter acontecido....
Todos esses ensinamentos estão centradas no modelo de ser e de aprender de Mestre Bimba (sem demérito de outros grandes mestres), que inquestionavelmente é um referencial firme para tema.
Eu, em minha vida pessoal e também como professor (e professor de professores) sempre me remeto à capoeira como metáfora da vida: viver é capoeirar. E há também uma mentalidade de capoeira, mesmo quando você não é o oprimido.
http://www.hottopos.com.br/videtur9/capoei.htm

domingo, 21 de febrero de 2010

Nagôa versus Guaiamu


João do Rio e Raul Pederneiras
Entre o avesso e o direito da Belle Époque carioca
Fabiana Silveira Moura 1.

DARANDINA revisteletrônica – Programa de Pós-Graduação em Letras / UFJF – volume 2 – número 1
ALGUMAS FIGURAS DE ONTEM 7
Caldo de cana com música; Sorvetes e navio terrestre; O baleiro; Leite com vaca a domicílio; Engraxate ao ar livre; “—O palhaço o que é?”; A água do vintém; O democrático kiosque; A Preta-Mina; O macaco do realejo; Carregadores de piano; A dansa do urso (Hoje só existe em política); O trapeiro; “— Phopho barato!”; Nagôa versus Guaiamu; O reclamista; “—Vai peru de roda boa!”.


7 Fonte: Cenas da Vida Carioca, primeiro álbum, 1924, coleção particular.
http://www.darandina.ufjf.br/textos/maio_2009/artigos/artigo04.pdf

miércoles, 10 de febrero de 2010

JOSÉ VERISSIMO DIAS DE MATTOS:Um crítico na direção do Gymnasio Nacional (1892-1898)

JOSÉ VERISSIMO DIAS DE MATTOS:
Um crítico na direção do Gymnasio Nacional (1892-1898)

A abolição ocorrida em 1888, provocara o êxodo de escravos da região cafeeira do estado do Rio de Janeiro para a cidade. A imigração estrangeira, principalmente de portugueses, também muito se acentuara, nesse período, fazendo aumentar ainda mais a população da cidade. Ainda segundo o recenseamento federal de 1890, 327.980 habitantes eram brancos; 112.879 mestiços, 64.538 negros e 17.445 caboclos. Do total populacional do Rio de Janeiro, 398.299 eram brasileiros;106.461 portugueses e 117.891 de outras nacionalidades.
O rápido e expressivo crescimento populacional resultou em graves dificuldades. Inúmeras pessoas sem emprego ou em ocupações mal definidas viviam, naquele momento, à margem da sociedade.
Eram ladrões, prostitutas, malandros, desertores do Exército, da Marinha e dos navios estrangeiros, ciganos, ambulantes, tropeiros, criados, serventes de repartições públicas, ratoeiros, recebedores de bondes, engraxates, carroceiros, floristas, bicheiros, jogadores, receptadores, pivetes (a palavra já existia). E, é claro, a figura tipicamente carioca do capoeira, cuja fama já se espalhara por todo o país e cujo número foi calculado em torno de 20 mil às vésperas da República.240
………………………………………………………………………………………………
Aquino, em 1888 havia 1331 cortiços, com 18.866 quartos e uma população de 46.680 pessoas266.
Um dos maiores cortiços , o “Cabeça de Porco”267 - cujo nome sugestivo se deveu ao “grande portal, em arcada, ornamentado com a figura de uma cabeça de porco que figurava na sua entrada principal”268 - ficou imortalizado por ter servido de inspiração para a obra intitulada “O cortiço” de Aluísio Azevedo, em 1890.

240 José Murilo de Carvalho. Os bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987, p. 18.
266 Lia de Aquino Carvalho. Contribuições ao estudo das habitações populares. Rio de Janeiro, 1886-1906. Rio de Janeiro: Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, 1995, p. 140.
267 O “Cabeça de Porco”, com acesso principal pela rua Barão de São Félix, nº 154, possuindo outras ramificações contendo mais casinhas e várias cachoeiras, era ocupado por cerca de “4000 moradores, entre eles muitos perigosos malandros e capoeiras, que nela sempre resistiam à polícia”. Cf. Brasil Gerson. História das ruas do Rio: e da sua liderança na história política do Brasil. Rio de Janeiro: Lacerda Ed., 2000, p. 211. Esse cortiço foi destruído na administração do prefeito Barata Ribeiro, em 26 de janeiro de 1893.
268 Sidney Chalhoub. Cidade febril: cortiços e epidemias na Corte Imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 2004, p. 15.

http://www.uff.br/pos_educacao/joomla/images/stories/Teses/alvesd2006.pdf

jueves, 28 de enero de 2010

1969-Colégio Santanópolis - Feira de Santana / ba

Nota del pesquisador: JOSÉ CISNANDO LIMA
Ensinou Biologia no Colégio Santanópolis
foto:
Festa Folclórica
2º Ano Pedagógico - 1969
Aula de Geografia - Equipe Pluft
Componentes:
Ana Amelia (capoeira), Ana Virgílio (berimbau), Laura (bahiana), Maria de Fátima (pandeiro), Maria José (pote), Maria Juçaria (bahiana), Marlene (capoeira),Neide (reco-reco)
ÁREA COBERTA foi a segunda quadra esportiva coberta no Estado da Bahia, a outra era do ICEA em Salvador, e a primeira do interior, como na época, década de 40, os clubes sociais de Feira de Santana eram as três filarmônicas: 25 de março, Vitória e Euterpe, e suas sedes muito pequenas, não podiam ter uma festa desse porte. Vejam que tipo de festa, as mulheres de lindos vestidos de baile e os homens todos de smoking, realmente trajes de gala, e chama a atenção não existir, nesse tempo, lojas para alugar roupas como hoje.
Atualmente os Ginásios Esportivos tem a expressão “MULTE ESPORTES”, mas realmente a quadra mostrada é que era de “MULTE USO”. Ali tiveram grandes jogos de Basquete e Voleibol com as equipes do Santanópolis, da Escola Normal, e do Exercito Brasileiro: dos Oficiais e Suboficiais (tinha um batalhão em Feira de Santana com cerca de 3.000 homens).
Toda grande solenidade, mesmo as que não eram do Ginásio, passava por essa quadra.
Interessante é que ainda não existia Futebol de Salão, no entanto os alunos jogavam nesta quadra um jogo muito parecido com o futsal de hoje. Tinha luta de Box, luta livre etc.
Lembro-me de um jogo de basquete com um time de Rio de Janeiro, se não me falha a memória pois, era criança, tinha um jogador espetacular chamado Epaminondas e fazia um tipo de cesta que passamos anos tentando imitá-lo.
SEGURAMENTE, O SANTANÓPOLIS NÃO ERA UMA INSTITUIÇÃO EDUCACIONAL COMUM.
Lá em cima a equipe do Ginásio Santanópolis: só identifiquei dois: o de roupa branca segurando o mastro, Hélio Brasileiro e da ponta direita agachado, Salomão. Esta camisa é de malha Bordô (cor de vinho), com frisos e nome em verde sumo. È tão espetacular esta camisa que apesar das cores fortes, tenho uma e até hoje não desbotou. Cerca de vinte anos mais tarde tive uma casa de comércio de artigos esportivos “TUDO SPORT”, fui a São Paulo e comprei camisa na Fábrica “CÊPO” de uma família de alemães, contei porque estava lá, queriam que mandasse a camisa para eles, mas não mandei.

miércoles, 27 de enero de 2010

1907-SANTOS-JORNALEIROS hábiles capoeiras

foto: Grupo de populares defronte ao Empório Sul Riograndense (praça Rui Barbosa, esquina da Rua do Comércio), destacando-se na primeira fila pequenos jornaleiros. Foto de 1907
Texto publicado no Almanaque da Baixada Santista - 1973, editado por Olao Rodrigues e produzido por Bandeira Júnior, da editora Indicador Turístico de Santos, de Santos/SP:
Pequeno jornaleiroIgnácio Rosas de Oliveira (*)
Foi celebrado em prosa e verso, imortalizado na pedra e no bronze, em pequenos troféus conferidos anualmente. No Rio de Janeiro há uma casa - parece que hoje transformada em Fundação - que leva seu nome.
Vendia pelas ruas o pão do Espírito, da mesma forma que outros meninos vendiam pão mesmo ou guloseimas que punham água na boca, preparadas pelas mãos de fada de mães carinhosas e abnegadas, à cata de mais alguns níqueis para as despesas do lar.
Era o pequeno jornaleiro, hoje uma figura do Passado, que fazia parte da paisagem humana das grandes cidades.
***
Aqui em Santos existiram muitos. Via de regra eram garotos escanifrados, alguns mal saídos da primeira infância. Os tipos eram os mais variados: brancos, pretos, louros, claros, mestiços. Brigavam por qualquer coisa, às vezes por nada - com as mãos, pés e ... cabeça. Eram habilíssimos para dar uma rasteira ou cabeçada, estatelando o adversário no solo. Não procediam como os moleques de hoje, que usam lâminas de barbear, canivetes e até facas em suas brigas.
Mas eram unidos - como soem ser os humildes. Mordiscavam juntos o pedaço de pão dormido que os mais afortunados traziam no bolso, misturado com fieira e pião, bolinhas de gude, tampas de garrafas e caroços de abricó, ingredientes utilizados em seus jogos infantis.
No bolso traseiro o estilingue, com o qual abatiam avezitas descuidadas, nos caminhos dos morros ou na galharia dos jamboleiros à margem dos canais. Às vezes tal arma servia para defesa contra algum atrevidaço que com eles se metesse.

martes, 26 de enero de 2010

libro:PENTEADO, Jacob. Belenzinho, 1910 (Retrato de uma época). São Paulo, Livraria Martins Editora, 1962, pp. 215-218.

Na rua Conselheiro Cotegipe (...) havia uns casebres, para dentro do alinhamento, com um terreiro e um vasto quintal, aos fundos, habitados por negros. Muitos deles, diziam-se ex-escravos. Na época, era difícil encontrar-se um negro velho que não se dissesse antigo escravo e veterano do Paraguai... No dia 12 de maio, à véspera, portanto daquela data, à boca da noite, começavam a chegar negros que nem formiga. Vinham sozinhos ou em magotes, todos empunhando os mais variados instrumentos: bombos, chocalhos, pandeiros, atabaques, triângulos, maracas, tamborins, reque-reques, puítas, urucungos, marimbas, adufes e outros, herdados, quiçá, dos seus ancestrais africanos. Surgiam tantos, que parecia incrível coubessem naquele reduto. Seu chefe era o Barnabé(...) O samba de então era bem diferente do atual. Não passava de um exótico amálgama das numerosas danças regionais, da capoeira, do lundu, do jongo, do batuque, do cateretê etc. Depois dos comes-e-bebes, de muita cachaça ou quentão, os negros animavam-se, e aí começava o samba de roda. Sob o som infernal dos instrumentos de percussão, onde se destacava o toque surdo dos bombos e dos tambores, iniciava-se a noitada. Formava-se uma roda no terreiro um dos parceiros pulava para o centro e começava a cantar, saracoteando-se todo: 'Oi, embaré, oi embará! Balança que pesa oro não pode pesa metá!' (...) O batuque ia esquentando. Em pouco tempo, vários pares pulavam no centro da roda, enquanto os demais batiam palmas, compassadamente. Eram movimentos alucinantes, desenfreados, contorsões grotescas, sem ritmo nem graça, numa coreografia primitiva, onde as negras de bunda grande ( negras iça ) remexiam loucamente as cadeiras, lascivas e lúbricas, entre tapas e beliscões nas partes mais salientes. E o coro prosseguia (...) E nessa toada varavam a noite. No fim, nada mais se entendia. era uma sarabanda de mil diabos, um caia por cima do outro, numa promiscuidade danada. Muitos pares sumiam para o fundo do quintal, onde havia umas bananeiras e pés de mamona. Na roda, ainda resistiam alguns, dançando, ou melhor, pulando alvoroçados, num insuportável intercâmbio de bodum. E o samba continuava até o dia raiar3.

3 PENTEADO, Jacob. Belenzinho, 1910 (Retrato de uma época). São Paulo, Livraria Martins Editora, 1962, pp. 215-218.